Banqueiros alertam sobre o aumento de tributos em reunião com Lula
- Neriel Lopez
- 17 de out. de 2024
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Dirigentes de instituiƧƵes financeiras e representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se reuniram com o presidente Luiz InĆ”cio Lula da Silva no PalĆ”cio do Planalto, onde sugeriram alternativas ao aumento das alĆquotas da Contribuição Social sobre o Lucro LĆquido (CSLL) e dos Juros sobre Capital Próprio (J). Os banqueiros alertaram que a elevação dessas alĆquotas pode impactar negativamente o custo do crĆ©dito no paĆs. Durante o encontro, os executivos propam que o governo avance nas discussƵes sobre um novo programa de transação tributĆ”ria (PTI).
Essa iniciativa visa resolver disputas fiscais com empresas relacionadas ao pagamento de impostos. As instituiƧƵes financeiras demonstraram interesse em renegociar dĆvidas tributĆ”rias, e um estudo sobre essa possibilidade estĆ” em andamento. O projeto que prevĆŖ o aumento das alĆquotas da CSLL e do J foi encaminhado ao Congresso com a expectativa de arrecadar R$ 32,56 bilhƵes entre 2025 e 2027. Para o próximo ano, estĆ” previsto um incremento de R$ 21,03 bilhƵes. A proposta sugere que a alĆquota da CSLL para os bancos suba de 20% para 22%, enquanto as demais empresas veriam um aumento de 9% para 10%. AlĆ©m das questƵes tributĆ”rias, os banqueiros expressaram preocupaƧƵes sobre a lavagem de dinheiro relacionada a apostas eletrĆ“nicas.
TambĆ©m discutiram o impacto do afastamento de funcionĆ”rios pelo INSS, defendendo a necessidade de reformular os procedimentos de concessĆ£o de benefĆcios para prevenir fraudes. Outro ponto abordado foi a centralização da definição do teto das taxas de juros para crĆ©dito consignado. Importante ressaltar que nĆ£o houve debate sobre a proposta de taxação de grandes fortunas ou sobre crĆ©ditos tributĆ”rios dos bancos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, facilitou a reuniĆ£o após um encontro prĆ©vio com os CEOs das instituiƧƵes financeiras. A conversa tambĆ©m abordou a situação econĆ“mica atual e a busca por um equilĆbrio fiscal sustentĆ”vel.