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Governo Lula pretende confiscar terras de autores de incĂȘndios criminosos, diz Marina Silva

  • Foto do escritor: Neriel Lopez
    Neriel Lopez
  • 16 de set. de 2024
  • 2 min de leitura



O governo do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva estuda meios legais para confiscar terras de autores de incĂȘndios florestais criminosos no paĂ­s, disse nesta quarta-feira a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

De acordo com a ministra, os estudos se inspiram na lei que permite o confisco contra proprietĂĄrios que exploram trabalho anĂĄlogo Ă  escravidĂŁo em suas terras.

Marina nĂŁo deu um prazo para a conclusĂŁo desses estudos, nem disse quando uma proposta neste sentido pode estar pronta, mas defendeu a necessidade de endurecer as leis que preveem puniçÔes para autores de incĂȘndios criminosos. Atualmente, disse a ministra, a pena mĂĄxima chega a cinco anos de prisĂŁo.

“Quem fez a queima criminosa haverĂĄ de pagar. Estamos estudando as medidas de como aumentar a pena, inclusive hĂĄ uma discussĂŁo de que se possa aplicar o mesmo estatuto que se aplica para situaçÔes anĂĄlogas Ă  escravidĂŁo, em que aquela terra Ă© confiscada, ela volta para o domĂ­nio do Estado para quem comete incĂȘndio que seja claramente criminoso”, disse ela a jornalistas em evento do G20 sobre bioeconomia.

“Isso está dentro da nossa sala de situação. É um debate que está sendo feito. Numa democracia, não se faz para fazer pirotecnia, tem que ver toda a base legal e o que dá e a uma ação dentro do Estado Democrático de Direito.”

A ministra afirmou ainda que foram abertos ao menos 32 inquĂ©ritos para investigar incĂȘndios de origem criminosa no paĂ­s. Ela disse que as queimadas que se espalharam pelo Brasil neste ano, particularmente na AmazĂŽnia e no Pantanal, mas tambĂ©m em outras regiĂ”es, como o interior de SĂŁo Paulo e outras ĂĄreas do Centro-Oeste, como BrasĂ­lia, sĂŁo uma aliança entre a seca, causada pela mudança do clima, e a criminalidade.

“Neste ano e no ano ado houve uma queda de 60% no desmatamento juntando os dois anos, mas a criminalidade, sabendo que a floresta está perdendo umidade, fazendo uma aliança com a mudança do clima, ateia fogo na floresta, para destruir a floresta sem ter que desmatar”, afirmou.

“Sucessivas queimadas fazem com que aquela floresta perca o vigor, Ă© jogado capim, criam animais e começam a fazer pressĂŁo para que haja regularização fundiĂĄria. Essa sangria de ĂĄrea ilegalmente ocupada Ă© algo que tem que ser estancado definitivamente para nĂŁo gerar ganho ou vantagem com essa forma criminosa de degradar a floresta.”

Marina itiu que atĂ© o final do perĂ­odo seco, entre outubro e novembro deste ano, a situação das queimadas seguirĂĄ “difĂ­cil” e que haverĂĄ muito trabalho pela frente.

Em agosto deste ano, o nĂșmero de focos de incĂȘndio na ĂĄrea brasileira da floresta amazĂŽnica bateu recorde ao atingir o maior nĂ­vel desde 2010, mostraram dados do governo federal.

SatĂ©lites detectaram 38.266 focos de incĂȘndio na AmazĂŽnia em agosto, mais que o dobro do ano anterior e o maior nĂșmero para o mĂȘs desde 2010, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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